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Geopolítica Esportiva: Uma Nova Ordem Autoritária

Dados Econômicos e Investimentos no Esporte

Emirados Árabes Unidos

  • City Football Group (CFG), controlado por Abu Dhabi: conglomerado global de clubes (Manchester City, Girona, New York City FC, Melbourne City FC, etc.).
  • Investimentos diretos em eventos da FIFA: patrocínio, infraestrutura e logística dos Mundiais de Clubes.
  • Fundo Mubadala e outros investimentos estatais têm ampliado presença em mídia esportiva e tecnologias aplicadas ao esporte.
  • Custo estimado da organização de eventos da FIFA no Golfo: centenas de milhões de dólares, muitas vezes subsidiados com recursos estatais.

Arábia Saudita

  • Fundo Soberano (PIF) com ativos estimados em mais de US$ 700 bilhões.
  • Compra do Newcastle United (2021).
  • Criação da LIV Golf, que desafiou o monopólio do PGA Tour.
  • Contratações massivas no futebol saudita em 2023–2024 (Cristiano Ronaldo, Benzema, Neymar, etc.).
  • Sediamento da Copa da Ásia 2027 e, agora, da Copa do Mundo FIFA de 2034.

Contratos Esportivos Relevantes

  • Patrocínio da FIFA pela Qatar Airways e Emirates, reforçando a dependência da entidade máxima do futebol em relação a recursos do Golfo.
  • Organização frequente do Mundial de Clubes nos Emirados desde 2009 reforça um padrão claro de preferência logística e financeira.
  • Acordos de transmissão, naming rights e marketing de grandes ligas europeias estão sendo progressivamente direcionados para conglomerados do Golfo.

Arábia Saudita x Emirados: Rivalidade Velada

  • Os dois países disputam liderança regional e internacional, inclusive no campo esportivo.
  • A Arábia Saudita tem recursos e ambições maiores, mas os Emirados se destacam por sua agilidade diplomática e estabilidade política.
  • FIFA, COI e outras entidades precisam equilibrar essas relações sem favorecer abertamente um dos lados, embora ações recentes mostrem uma inclinação crescente para os sauditas, que sediarão a Copa de 2034.

Geopolítica Esportiva: Uma Nova Ordem

  • O eixo tradicional do futebol (Europa + América do Sul) está sendo desafiado por um novo eixo financeiro-esportivo no Oriente Médio.
  • Isso implica em:
    • Mudança nos centros de decisão do futebol global.
    • Novos padrões de consumo e audiência (streaming, fusão esporte/showbiz).
    • Crescente questionamento ético sobre os direitos humanos e “sportswashing”, mas que ainda têm resposta limitada da FIFA.

A FIFA não apenas se beneficia financeiramente dessa reorganização, como também ativa mecanismos geopolíticos ao permitir que o Mundial de Clubes e outros eventos sirvam como plataforma de visibilidade para regimes autoritários ricos em petróleo e gás. Isso revela o futebol como uma extensão da diplomacia e da disputa por influência no século XXI.

Assista ao podcast no canal Palmeiras Mogi das Cruzes​

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