Palmeiras faz história e alcança a final da Libertadores com goleada épica sobre a LDU
O Palmeiras escreveu mais um capítulo inesquecível de sua história na noite desta quinta-feira (30), ao derrotar a LDU por 4 a 0 no Allianz Parque e garantir vaga na final da Conmebol Libertadores de 2025. Após a derrota por 3 a 0 no jogo de ida, em Quito, o Verdão conseguiu o improvável: reverter o placar e avançar com o agregado de 4 a 3.
Os gols alviverdes foram marcados por Sosa, Bruno Fuchs e Raphael Veiga, duas vezes.
Abel Ferreira: fé, trabalho e emoção
Após o apito final, o técnico Abel Ferreira não escondeu a emoção. O português revelou ter recorrido à fé e ao trabalho para inspirar a virada.
“Quando acabou o jogo com o Cruzeiro, eu comecei a rezar, segunda, terça e quarta-feira. Mas Deus me disse: ‘Vai fazer a tua parte’. E foi isso que fizemos: trabalhamos e acreditamos. Foi uma noite mágica, fruto da coragem e da preparação”, afirmou.
Abel destacou ainda a importância do apoio da torcida e a entrega dos jogadores:
“O Allianz estava pesado, como eu gosto de ver. Isso é o chiqueiro. O mérito é todo deles. Às vezes erramos, mas hoje todos estiveram focados. Foi um jogo tático, emocional e de superação.”
O protagonismo de Veiga e a revelação de Alan
Raphael Veiga, que havia sido criticado pela atuação em Quito, respondeu em grande estilo com dois gols e uma atuação de liderança.
“Lá eu fui um dos responsáveis. Pensei num plano e não funcionou. Hoje ele me provou o contrário. Tenho um carinho enorme por ele”, comentou Abel.
O técnico também elogiou o jovem Alan, destaque na construção do pênalti que originou um dos gols da noite:
“É um menino com verticalidade absurda. Falei para o Barros que ele não podia sair. Merece muito o reconhecimento.”
“Maior virada da história”
Emocionado, Abel resumiu o sentimento após a classificação:
“Não sei se vou conseguir sempre vitórias assim. Eu odeio perder, sou mau perdedor. Hoje, o que senti foi alívio. Preciso abraçar minha filha, que está em Portugal. A família é a base de tudo.”
Com o resultado, o Palmeiras alcança sua sétima final de Libertadores, igualando-se a gigantes como Independiente, River Plate e Olimpia, e se consolidando como o clube brasileiro com mais finais na história do torneio.
Futuro e possíveis despedidas
Em meio às comemorações, Abel Ferreira também falou sobre seu futuro no clube e o desejo de seguir, mas apenas com as condições ideais.
“Leila sabe o que eu quero. Não quero ficar preso por contrato, e sim por vontade. Pensei que seriam cinco meses e já são cinco anos. O Palmeiras é um oásis. Se for para ficar, será porque queremos continuar juntos”, declarou.
Próximos desafios
Agora, o Verdão foca na final da Libertadores contra o Flamengo e também na disputa do Campeonato Brasileiro, onde lidera com 62 pontos em 29 rodadas. O próximo compromisso será no domingo (2), diante do Juventude, fora de casa.



